17 Nov Tabagismo e Saúde Oral
Tabagismo e Saúde Oral
Hoje, dia 17 de novembro, comemora-se o Dia Mundial do Não Fumador.
Esta data pretende felicitar todos aqueles que não fumam e que com este comportamento protegem a sua saúde física e mental bem como a saúde daqueles que o rodeiam.
Que o tabaco tem efeitos negativos na saúde, seja qual for o formato de uso, já todos sabemos. Este, inclusive, aumenta a probabilidade de sofrer de outras doenças e influencia negativamente alguns tratamentos.
Mas e quanto à saúde oral, conhece quais os efeitos que este tem na mesma?
O uso de tabaco resulta em efeitos negativos para a saúde oral, nomeadamente:
- Mau hálito;
- Descoloração do esmalte;
- Inflamação dos ductos das glândulas salivares minor localizadas no palato;
- Aumento de placa bacteriana e tártaro acumulados nos dentes;
- Aumento da perda óssea dos maxilares;
- Aumento do risco de leucoplasia e/ou manchas brancas na cavidade oral;
- Maior risco de desenvolver doenças gengivais, uma das principais causas da perda de dentes;
- Processo de cicatrização mais lento após extração dentária, tratamento periodontal ou cirurgia oral;
- Menor taxa de sucesso em procedimentos de colocação de implantes dentários;
- Aumento do risco de desenvolvimento de cancro oral.
De que forma fumar leva ao aparecimento de doenças gengivais?
Fumar, bem como o consumo de outros produtos à base de tabaco, podem levar ao aparecimento de doenças gengivais, afetando o nível ósseo e os tecidos moles em torno dos dentes. De forma mais específica, interfere na função normal das células do tecido gengival, tornando os fumadores mais suscetíveis a infeções, como a doença periodontal, prejudicando, também, o fluxo sanguíneo para as gengivas – que pode afetar a cicatrização de feridas.
Fumar cachimbo e charuto causa problemas dentários?
Sim. Assim como os cigarros, os cachimbos e os charutos desencadeiam problemas de saúde oral. De acordo com os resultados de um estudo desenvolvido ao longo de 23 anos e publicado no Journal of the American Dental Association , os fumadores de charutos apresentam níveis de perda de dentes e perda óssea alveolar (perda do osso que suporta os dentes) em percentagens equivalentes às dos fumadores de cigarros. Os fumadores de cachimbo têm, igualmente, um risco de perda de dentes semelhante aos fumadores de cigarros. Além destes, os fumadores de cachimbos e charutos correm o risco de desenvolver cancro oral e faríngeo (garganta), bem como outras consequências orais, como são exemplo o mau hálito, dentes manchados e um maior risco de desenvolvimento de doenças gengivais.
Os produtos de tabaco sem fumo são mais seguros?
Não. Tal como os charutos e os cigarros, os produtos de tabaco sem fumo (por exemplo, tabaco de mascar) contêm, pelo menos, 28 substâncias químicas que potenciam o risco de desenvolvimento de cancro oral e cancro da garganta e esófago . Na verdade, o tabaco de mascar contém níveis mais altos de nicotina do que os cigarros, tornando mais difícil o seu abandono.
O tabaco sem fumo pode irritar o tecido gengival, fazendo com que este recue ou se afaste dos dentes. Se o tecido gengival recua, as raízes dos dentes ficam expostas, criando um aumento do risco de aparecimento da cárie dentária. As raízes expostas são, também, mais sensíveis ao calor e ao frio, tornando desconfortável o ato de comer e beber.
Para além disso, os açúcares, que são frequentemente adicionados para realçar o sabor do tabaco sem fumo, podem aumentar o risco à cárie dentária. Um estudo publicado no Journal of the American Dental Association mostrou que os consumidores de tabaco de mascar são quatro vezes mais propensos a desenvolver cáries face aos não consumidores.
O tabaco sem fumo contém ainda areia e grãos que podem desgastar os dentes.
Abandone o hábito de fumar
Independentemente do tempo que consumiu produtos de tabaco, parar agora pode reduzir muito os riscos para a saúde. Onze anos após parar de fumar, a probabilidade de ex-fumadores terem doenças periodontais (gengivais) não demonstra ser significativamente diferente em relação a pessoas que nunca fumaram.
Reduzir o número de vezes que fuma poderá ajudar igualmente. Um estudo demonstrou que os fumadores que reduziram o hábito de fumar para menos de meio maço por dia tinham apenas três vezes mais o risco de desenvolver doença gengival em comparação com os não fumadores, o que foi significativamente menor do que o risco, seis vezes maior, observado naqueles que fumaram, durante mais de um ano, um maço e meio por dia.
Alguns dados estatísticos da American Cancer Society apresentam outras razões para deixar de fumar, afirmando que:
- Cerca de 90% das pessoas com cancro oral – lábios, língua e garganta – usam tabaco. O risco de desenvolver estes cancros aumenta com a quantidade fumada ou mastigada, bem como a duração do hábito. Os fumadores são seis vezes mais propensos a desenvolver estes cancros, quando comparados com os não fumadores.
- Cerca de 37% dos pacientes que persistem no tabagismo após a cura do cancro, desenvolverão um segundo cancro oral, em comparação com apenas 6% daqueles que param de fumar .
Como posso deixar de fumar?
Para deixar de fumar, o seu médico dentista ou médico de família poderá ajudá-lo a acalmar o desejo de nicotina através de medicação, como pastilhas e adesivos de nicotina. Alguns desses produtos podem ser adquiridos numa farmácia, outros exigem receita médica.
Em conjunto com a medicação, é frequente o recurso a consultas de cessação tabágica e grupos de apoio.
Medicamentos à base de ervas, assim como a hipnose e a acupuntura, são outros tratamentos que podem ajudá-lo a abandonar o hábito.
Fonte: https://www.webmd.com
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