FAQ

Perguntas Frequentes

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Dor Orofacial e Disfunção Temporomandibular (DTM)
Implantologia
  • O que é um implante dentário?

Um implante dentário é um dispositivo médico feito de titânio puro que é usado para substituir a raiz de um dente perdido. O implante é inserido no maxilar ou na mandíbula proporcionando uma fundação sólida para a colocação de uma coroa, ponte ou outra prótese dentária que substitui um ou mais dentes perdidos.

  • O que é a osteointegração?

Depois de um implante ser colocado, o osso circundante irá crescer em contacto com a superfície do implante ligando-se a este. Este processo de ligação é denominado de “osteointegração”. Se a osteointegração não for estabelecida ou se for perdida, o implante ficará com mobilidade e fracassará.

  • Para que são utilizados os implantes?

Os implantes são utilizados para fixar uma coroa, uma ponte, ou uma prótese removível que substitui um ou mais dentes perdidos. O objetivo é melhorar a saúde, a função mastigatória e/ou a aparência estética.

  • Quais são os tratamentos alternativos para substituição de um dente?

Existem diversos tipos de opções para substituir um único dente. Nem todos envolvem a colocação de um implante.

  • Um implante pode ser colocado no espaço resultante da perda de um dente e uma coroa poderá ser fixada nesse implante.
  • Dependendo das condições dos dois dentes adjacentes ao espaço desdentado, estes podem ser preparados para levarem uma ponte. A ponte é cimentada nos dentes adjacentes e substitui o dente perdido.
  • A reabilitação de um dente perdido poderá ser feita com uma prótese removível. Esta opção é normalmente utilizada quando existem mais espaços desdentados no mesmo maxilar para serem reabilitados, utilizando para isso a mesma prótese removível.
  • Qual o tratamento alternativo para a substituição de todos os dentes?
  • A prótese removível suportada por dois ou mais implantes.
  • A ponte fixa suportada por quatro ou mais implantes.
  • A prótese total removível convencional, que se ajusta ao rebordo alveolar sem ser fixa por implantes.
  • Quais são as vantagens de substituir os dentes por implantes?
  • Pontes fixas suportadas em implantes normalmente dão conforto e sensação de dentes naturais.
  • Uma prótese removível sobre implantes, que substitui alguns ou todos os dentes, poderá também proporcionar um elevado nível de conforto.
  • Os dentes saudáveis adjacentes ao espaço desdentado não têm de ser preparados para servirem de suporte de fixação para a ponte.
  • Que materiais são usados na reabilitação com implantes?

Uma vez o implante osteointegrado, a reabilitação protética final (a coroa, ponte ou prótese removível) é colocada.
As próteses removíveis são normalmente feitas de acrílico reforçadas com ligas metálicas.
As reabilitações fixas (coroas e pontes) têm uma estrutura interior de metal ou de um material cerâmico forte sendo revestidas com uma cerâmica (porcelana) à cor dos dentes naturais do paciente. A subestrutura metálica poderá ser feita de diversos tipos de ligas. Geralmente são usadas diferentes tipos de ligas nobres ou de titânio. As reabilitações que são feitas com a armação interior de metal combinado com um revestimento porcelânico são denominadas de “metalo-cerâmicas”. As reabilitações que são inteiramente feitas de porcelana são denominadas de “all-ceramic”.

  • Quanto tempo duram os implantes?

Uma vez o implante osteointegrado, a reabilitação protética final (a coroa, ponte ou prótese removível) é colocada.
As próteses removíveis são normalmente feitas de acrílico reforçadas com ligas metálicas.
Os implantes têm elevadas taxas de sucesso e existem estudos clínicos que atestam a sua performance durante um período superior a 35 anos. Os estudos mais recentes indicam que 90% dos implantes colocados há 10 anos continuam funcionais. O sucesso a longo prazo dos implantes encontra-se também fortemente condicionado pela forma como estes são higienizados e monitorizados. Na maior parte dos casos, recomenda-se que pelo menos uma vez ao ano será necessário realizar um check-up, para que os implantes possam ser monitorizados por um profissional, nomeadamente o seu médico dentista ou higienista. Além disso, a lavagem e a passagem do fio dentário duas vezes ao dia são essenciais para uma maior taxa de sobrevivência a longo prazo.

  • Irei sentir os implantes da mesma forma que sinto os meus dentes naturais?

Os dentes naturais estão unidos ao osso pelo ligamento periodontal que permite sentir pressão quando se morde ou mastiga. Os implantes não se encontram envoltos por esse ligamento pelo que a sensação de pressão poderá não ser sentida da mesma forma que um dente natural.

  • São os implantes dolorosos?

Não. Uma anestesia local efetiva é usada antes da cirurgia de modo que nenhum desconforto é sentido aquando da colocação dos implantes. Qualquer leve desconforto que possa surgir depois da cirurgia poderá ser controlado com um medicamento convencional para as dores.

  • Quais são as potenciais complicações dos implantes dentários?

Diversas complicações poderão surgir, mas estas poderão ser efetivamente solucionadas:

  • Perda óssea
    Perda de osso pode ocorrer em torno dos implantes. Check-ups regulares no seu dentista irão assegurar que qualquer perda óssea mais extensa será detetada e tratada precocemente.
  • Infeção
    Infeções em torno dos implantes resultam principalmente de uma deficiente higiene oral. Para prevenir infeções, os implantes deverão ser limpos regularmente pelo seu dentista ou higienista. Se você for um paciente com doença periodontal deverá também seguir um programa de terapia periodontal preventiva. Uma higiene oral adequada duas vezes ao dia é também importante.
  • Perda do implante
    Um implante poderá ser perdido por diferentes motivos tais como infeção ou fratura. Por vezes, a osseointegração não acontece (perda precoce). É usualmente possível substituir um implante falhado por um novo.
  • Fratura do implante
    A fratura do implante raramente ocorre (em menos de 1% dos casos). Este tipo de complicação geralmente sucede em pacientes com hábitos parafuncionais (bruxismo ou rilhar dos dentes) ou oclusão instável, assim como outros tipos de sobrecargas.
  • Complicações relacionadas com as próteses

A porcelana das coroas ou das pontes colocadas nos implantes poderá fraturar. Pequenas fraturas na porcelana (chipping) poderá ser mais prevalente nos implantes que nos dentes naturais devido à falta de absorção de choque entre o osso e o implante.
A fratura mecânica das coroas, pontes, parafusos protéticos, ou da perda de parafusos, ocorre muito raramente e é reportada em menos de 10% dos pacientes. Este tipo de complicação geralmente também ocorre em pacientes com hábitos parafuncionais (bruxismo ou rilhar dos dentes) ou oclusão instável, assim como outros tipos de sobrecargas.

  • Sou um paciente que sofre de doença periodontal. Poderei colocar implantes?

Sim, doentes periodontais podem colocar implantes. No entanto, é importante que a periodontite que afeta os seus dentes naturais seja adequadamente tratada e controlada antes da colocação dos implantes. É também importante referir que o risco de complicações relacionadas com os implantes dentários parece ser de certa forma superior nos doentes que sofrem de periodontite.

  • Eu perdi os meus dentes devido a uma doença periodontal, os implantes são na mesma uma opção?

Sim, os implantes podem também ser uma forma de tratamento se você tiver perdido dentes devido a doença periodontal. No entanto, antes do tratamento implantar é importante tratar a periodontite que afeta os restantes dentes.

  • Poderá uma infeção periodontal afetar os implantes dentários?

A doença periodontal que afeta os dentes naturais poderá aumentar o risco de infeção em torno dos implantes dentários. Daí, a doença periodontal ter de estar controlada antes da colocação do implantes.

  • Como deverei limpar os meus implantes dentários?

Os implantes dentários são basicamente limpos da mesma forma que os dentes naturais. No entanto, é particularmente importante limpar entre os implantes ou entre os implantes e restantes dentes naturais. Para facilitar a limpeza, poderão ser usadas escovas interdentárias especiais assim como fio dentário.

  • Fumar afeta o sucesso do meu implante dentário?

Fumar potencia o risco de complicações com os implantes, uma vez que aumenta o risco de periodontites em torno dos dentes naturais. Deixar de fumar é recomendado antes do tratamento implantar começar, de forma a aumentar o sucesso do tratamento. No entanto, os implantes podem ser colocados com uma elevada percentagem de sucesso em pacientes fumadores.

  • Fumar irá afetar a perda de osso em torno dos implantes dentários e restantes dentes?

Fumar mostra-se um fator potenciador do risco de inflamação e de perda de osso em torno dos implantes. Pelo que, deixar de fumar é um importante passo com vista a atingir bons resultados globais na saúde oral e a reduzir a perda de osso em torno dos implantes dentários, assim como em torno dos dentes naturais.

  • São os implantes dentários contraindicados nalguma situação?

Os implantes dentários raramente são contraindicados. Todavia, poderá não ser possível colocar implantes dentários se estiver a tomar alguma medicação específica ou estiver medicamente comprometida.

  • Qual é o tempo de cicatrização dos implantes?

Geralmente, os implantes requerem um período de cicatrização de 2 a 4 meses antes da colocação da prótese. Em circunstâncias específicas e seguindo um protocolo bem definido, os implantes podem ser reabilitados com próteses provisórias no mesmo dia em que o implante é colocado. Este procedimento é conhecido por implantes com carga imediata.

  • O que é um implante imediato?

Um implante imediato é um procedimento cirúrgico em que o implante dentário é colocado durante a mesma consulta em que o dente é extraído.

  • O que é carga imediata?

Carga imediata é o termo usado quando a coroa é colocada sobre o implante dentário no mesmo dia em que ocorre a colocação cirúrgica do implante (ou nas 48h seguintes).

  • Terei uma coroa temporária, uma ponte ou uma prótese removível enquanto o meu implante cicatriza?

Sim, é possível na maioria dos casos. Uma coroa temporária ou ponte poderá por vezes ser anexada ao implante(s) durante o período de cicatrização. Alternativamente, uma prótese removível poderá ser temporariamente um tratamento possível.

  • Será possível mastigar com um implante como o faço com os meus dentes naturais?

As coroas dos implantes dentários parecem muito naturais e na maior parte dos casos muito similares aos seus dentes reais. Normalmente, não conseguirá sentir que tem um implante dentário. Os implantes dentários permanecem fixos no osso e permitem recuperar a função e mastigação do órgão dentário perdido.

  • Deve a minha prótese ser fixa ou removível?

Ambos os tipos de reabilitação dos implantes – fixo ou removível – funcionam bem.

As restaurações removíveis implanto-suportadas são geralmente mais fáceis de limpar. Poderão ser também mais económicas. Se ocorrer reabsorção óssea extrema estas podem mais facilmente restaurar a fonética (fala) e também o perfil estético facial com maior efetividade sem a necessidade de mais procedimentos cirúrgicos.

As restaurações fixas implanto-suportadas são uma melhor solução na maior parte dos casos. A maioria das pessoas prefere ter uma restauração fixa que não necessita de ser removida, mas este tipo de restauração poderá ser mais difícil de limpar.

  • O que acontece à gengiva e ao osso maxilar após a perda de um dente?

Imediatamente após um dente ser extraído forma-se um coágulo de sangue no alvéolo dentário. Nas semanas seguintes, vasos sanguíneos e células da parede alveolar formam osso, preenchendo o alvéolo. Ao mesmo tempo, células gengivais migram sobre a superfície do coágulo sanguíneo criando nova gengiva e fechando o alvéolo. Infelizmente, a cicatrização do alvéolo está normalmente associada a perda de osso e de tecido mole.

  • Poderá prevenir-se a perda de osso após a extração de um dente?

A perda de tecido após a extracção de um dente poderá ser minimizada recorrendo a uma extração o menos traumática possível e ao preenchimento do alvéolo com material de enxerto ósseo.

  • Poderá o osso perdido ser reconstruído?

O osso perdido poderá ser reconstruído de diversas formas. Pode usar-se osso do próprio individuo (autógeno). O processo geralmente envolve a remoção de osso de um outro sítio cirúrgico, e como resultado este está associado a um risco de morbilidade adicional. Existem outros tipos de materiais de enxerto ósseo (substituintes de osso) que poderão ser usados. Todos os materiais de enxerto têm de ser integrados no local recetor (defeito ósseo) por penetração de osso recém formado que se origina no osso maxilar subjacente. Os enxertos autógenos têm uma atividade biológica própria através das células de osso e da matriz de osso que é transferida. Outros materiais de enxerto são desprovidos de atividade biológica e dependem da capacidade de incorporação do tecido ósseo residual. A extensão de osso perdido, a localização do defeito ósseo e a condição do tecido mole sobreposto têm um impacto no material e técnica escolhidos.

  • Disseram-me que precisava de uma elevação do seio. O que é isso?

A elevação do seio é um procedimento cirúrgico onde se eleva a membrana do seio maxilar. Este cria um espaço entre o osso maxilar e a membrana do seio no qual enxerto de osso é colocado. Este procedimento é utilizado na região dos pré-molares e molares superiores, quando a altura de osso não é suficiente para a colocação do implante.

  • Sou diabético. Posso ter implantes dentários?

Sim, a diabetes não é uma contraindicação para o tratamento com implantes. No entanto, os diabéticos devem ser bem controlados muito antes do início do tratamento. Além disso, o seu dentista poderá receitar-lhe antibióticos que evitam o risco de infecções pós-operatórias. Por vezes o seu dentista poderá também recomendar-lhe que o período de cicatrização seja estendido (i.e. o tempo entre a colocação do implante e o início da reabilitação protética).

  • Tenho osteoporose. Posso colocar implantes dentários?

Sim, a colocação de implantes em doentes com osteoporose não é contraindicada. Em diversos estudos científicos foram comparadas a sobrevivência dos implantes em doentes com e sem osteoporose. Não foram encontradas diferenças. No entanto, um dos tratamentos para a osteoporose é com bisfosfonatos e esta situação tem de ser tomada em consideração quando se aborda o tratamento com implantes.

  • Estou a tomar bisfosfonatos para a osteoporose. Posso colocar implantes dentários?

Na maior parte dos casos poderá ter implantes se estiver a tomar bisfosfonatos orais. Diversos estudos clínicos concluíram que não parece haver necessidade de parar o tratamento oral de bisfosfonatos antes da colocação dos implantes. Contudo, pacientes que tomem bisfosfonatos por via intravenosa são absolutamente contraindicados para qualquer cirurgia oral.

  • Estou a tomar medicamentos anticoagulantes. Posso ter implantes dentários?

A medicação anticoagulante não é geralmente uma contraindicação para uma cirurgia oral simples, incluindo a colocação de implantes. As cirurgias avançadas incluindo enxertos de osso e de tecidos moles podem ser efetuadas após a consulta e com o consentimento de um clínico geral onde o tratamento anticoagulante é temporariamente suspenso ou modificado.

  • Posso colocar implantes enquanto estiver grávida?

A cirurgia oral não é recomendada durante a gravidez, mesmo assim a cirurgia é geralmente muito simples e sem complicações. No entanto, algumas complicações podem potenciar a necessidade da prescrição de antibióticos e/ou medicamentos anti-inflamatórios. Como resultado é melhor evitar a cirurgia de implantes durante a gravidez.

  • Tenho uma doença cardiovascular. Posso ter implantes dentários?

Existem apenas algumas contraindicações absolutas que se relacionam com as doenças cardiovasculares. Por exemplo, a colocação de um implante não poderá ser considerada no espaço de 6 meses após um ataque cardíaco. Também, no caso de existir alguma patologia cardiovascular, a cirurgia apenas poderá ser efetuada com a autorização do cardiologista.

  • Tenho mais de 80 anos. Posso ter implantes?

Sim, a colocação de implantes em pacientes com mais de 80 anos não é contraindicada. Não foi reportado um aumento da taxa de insucesso devido a este factor. Se não tiver quaisquer outras contraindicações, poderá colocar implantes.

  • Sou um adolescente que partiu um dente. Posso colocar um implante dentário?

Os implantes dentários são apenas aconselhados quando o crescimento facial já se encontrar terminado. Se um dentista colocar implantes demasiado cedo, poderá haver resultados estéticos adversos quando o crescimento facial estiver completo. O seu dentista deverá identificar a solução interina mais eficaz que permita a colocação do implante no tempo certo.

Periodontologia

PERIODONTITE ASSOCIADA A COMPLICAÇÕES DA COVID-19

Um recente artigo científico publicado no Journal of Clinical Periodontology concluiu que pacientes com PERIODONTITE têm maior risco de apresentarem complicações associadas à COVID-19. Estes pacientes apresentam 3,5 vezes maior probabilidade de serem admitidos nos Cuidados Intensivos, 4.5 vezes maior probabilidade de necessitarem de ventilador e quase 9 vezes maior probabilidade de morrerem comparados com os pacientes sem periodontite.
São apresentadas duas possibilidades para estes resultados. Primeiro, a periodontite envolve a inflamação das gengivas (causada por bactérias) e pode afetar a inflamação sistémica, de todo o corpo. Por sua vez as complicações de COVID-19 também estão ligadas a uma resposta inflamatória (“cytokine-storm”). A inflamação das gengivas associada à COVID-19 podem atuar de forma sinérgica e causar bastante dano ao paciente.
A segunda possibilidade deriva do facto da inflamação periodontal estar relacionada com a infeção por bactérias presentes nas bolsas periodontais, e estas bactérias podem facilmente migrar para os pulmões onde a COVID-19 causa uma infeção pulmonar. Esta combinação pode causar uma super-infeção.

PERIODONTITE

 

Q1: O que são as Doenças Periodontais?

São doenças que afetam os tecidos que envolvem e suportam os dentes, nomeadamente a gengiva e o osso alveolar.


Q2: Qual a causa destas doenças?

A causa é bacteriana. Na boca há mais de 700 tipos diferentes de bactérias e algumas delas são potencialmente lesivas para a gengiva. Quando estas bactérias crescem e atingem um certo número provocam as doenças periodontais.


Q3: Quais as consequências das Doenças Periodontais?

Gengivas hemorrágicas, mau hálito, perda de osso que suporta o dente, exposição da raiz, sensibilidade dentária, mobilidade dentária e a possível perda dos dentes.


Q4: Tem cura?

A doença periodontal é uma doença crónica, tal como a diabetes. Desta forma o paciente irá ser portador da mesma durante toda a vida. O Médico Dentista pode controlar esta doença, mas não a pode fazer “desaparecer”. Inicialmente é necessário efetuar uma avaliação periodontal clínica e radiográfica do paciente. Dos elementos recolhidos nesta avaliação é possível realizar um diagnóstico e delinear um plano de tratamento. Nas periodontites o tratamento realiza-se em várias fases. É fundamental numa primeira fase do tratamento controlar a doença periodontal e, caso necessário, numa segunda fase proceder à correção das suas sequelas, nomeadamente sequelas gengivais e ósseas. As consultas de manutenção são fundamentais para que não haja recorrência da doença periodontal. O paciente deve seguir adequadamente as instruções que o Médico Dentista deu de forma a proceder a uma correta higiene oral.

 

MAU HÁLITO


Q1: Quais as causas para o mau hálito?

De um modo geral há dois tipos de causas: orais e externas. As causas orais podem ser má higiene oral, doenças gengivais (gengivite e periodontite), existência de cáries, cancro oral, uso de próteses dentárias associadas a má higiene oral, etc. As causas externas estão ligadas à ingestão de certos alimentos, hábitos tabágicos, consumo de álcool ou medicações que diminuam o fluxo salivar e/ou alterem a flora bacteriana normal da cavidade oral.


Q2: Como se pode prevenir o mau hálito?

A sua prevenção passa por uma correta higiene. Há diferentes técnicas e instrumentos para a realizar. O seu Médico Dentista/ Higienista Oral deve, de acordo com uma avaliação prévia, instrui-lo sobre os melhores instrumentos a utilizar e a forma correta para o fazer.

DOENÇAS PERIODONTAIS

  • O que é a doença periodontal?
    • A Doença Periodontal é uma condição muito comum na qual ocorre a inflamação das gengivas e estruturas periodontais mais profundas . Esta inflamação das gengivas, sob a forma de vermelhidão, edema e tendência a hemorragia durante a escovagem, é a forma do organismo responder a determinadas bactérias acumuladas nos dentes ao longo do tempo. Esta resposta do organismo pode causar danos severos. Se não for devidamente controlada, esta inflamação pode progredir ao longo da raiz dos dentes, causando destruição do ligamento periodontal e do osso de suporte, conduzindo à perda dentária.

 

  • O que é um Periodontologista?
    • Periodontologistas são Médicos Dentistas que se especializaram na prevenção e tratamento de doenças dos tecidos de suporte dos dentes – o periodonto.
    • Apesar de todos os Médicos Dentistas receberem formação no diagnóstico e tratamento da doença periodontal leve a moderada, o mais indicado é referenciar os casos complexos e mais severos a um periodontologista, que possui formação e experiência adicionais nesta área específica.

 

  • Como reconhecer a doença periodontal?
    • A D. Periodontal inicia-se sempre com inflamação das gengivas, conhecida como gengivite. Nem sempre é fácil reconhecer, no entanto um dos primeiros sinais é a hemorragia aquando a higiene oral diária. As gengivas ficam edemaciadas e avermelhadas e poderá notar uma camada esbranquiçada de placa bacteriana nos seus dentes.
    • Se deixada sem tratamento, a gengivite poderá evoluir para periodontite, normalmente sem sinais evidentes de alerta. No entanto, há algumas alterações que podem ocorrer ao longo do tempo: hemorragia gengival aumentada, provocada por escovagem ou acto mastigatório, ou até mesmo de forma espontânea; mau hálito; alterações na posição dos dentes nos maxilares; aumento do tamanho dos dentes (recessão gengival); e possivelmente dor. A hemorragia gengival pode ser menos evidente nos fumadores, devido ao efeito da nicotina nos vasos sanguíneos, mascarando assim a evolução da doença.
    • Normalmente o paciente não reconhece a doença até aos 40/50 anos, altura em que o maior dano já ocorreu. No entanto um Médico Dentista está habilitado para reconhecer os sinais num estadio inicial durante um exame de rotina.
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  • O que causa a doença periodontal?
    • Em todos os casos, a D. Periodontal é causada por placa bacteriana. A presença de tártaro cria condições para a formação de placa bacteriana em torno das raizes dentárias. À medida que a inflamação progride, ocorre a disrupção da ligação gengiva/superfície radicular, formando um espaço chamado bolsa periodontal. Este local apresenta as condições ideais para as bactérias colonizarem e se multiplicarem. Neste novo habitat, as bactérias libertam toxinas como produtos do seu metabolismo, que activam as defesas do organismo.
    • A severidade e velocidade de progressão da doença periodontal depende de vários factores: número e tipo de bactérias presentes, o quão fortes são as defesas do organismo do paciente, e a presença ou ausência de factores de risco (como tabaco, diabetes, medicamentos antihipertensores e imunoterapia)
    • No entanto, é importante ressalvar que sem acumulação de placa bacteriana, a doença periodontal não ocorre!

 

  • O que posso fazer para prevenir a doença periodontal?
    • A inflamação periodontal não é inevitável. O desenvolvimento de gengivite e periodontite pode ser prevenido adoptando medidas como hábitos de higiene oral em conjunto com acompanhamento profissional regular.

 

  • Quais as consequências da doença periodontal?
    • A Doença Periodontal é a causa principal de perda dentária. Se o progressão da doença não for travada, os tecidos de suporte dos dentes são destruídos, conduzindo à perda dentária. Outros problemas a que os pacientes periodontais podem estar sujeitos são abcessos periodontais dolorosos, mobilidade dentária que afecta a mastigação e o aumento da altura dentária como resultado da recessão gengival.
    • A doença periodontal não tratada pode trazer consequências à saúde geral, como riscos aumentados na gravidez, na doença cardíaca e diabetes.

 

  • Quais os factores de risco?
    • Os factores mais conhecidos incluem o stress, algumas doenças sistémicas, como diabetes, e, o mais importante: tabaco!
      Os fumadores apresentam mais probabilidade de desenvolver a doença e mais rápido que os não-fumadores.Os tratamentos periodontais como enxertos gengivais e de osso / implantes, apresentam taxas de sucesso menores nos fumadores. Dos casos de periodontite que não respondem ao tratamento, 90% são fumadores.

 

  • Como se trata a doença periodontal?
    • Com uma adequada avaliação e tratamento é, normalmente, possível travar a progressão da D. Periodontal. A chave para o sucesso é eliminar a placa bacteriana que é o factor desencadeante desta doença e instituir excelentes práticas de higiene oral.
      • Instruções de higiene oral e conselhos: O seu Médico Dentista irá, em primeiro lugar, explicar exactamente como manter os seus dentes e gengivas limpos. Serão dados conselhos adequados sobre os métodos de higiene oral mais eficazes no seu caso, por exemplo, a escova adequada e técnica de escovagem, bem como fita dentária e/ ou escovilhões.
      • Avaliação periodontal pré –tratamento: Para este efeito é utilizado um instrumento especial, a sonda periodontal, que é utilizada para efectuar medições da profundidade das bolsas periodontais e avaliar a presença de hemorragia gengival.
      • Limpeza profissional: Remoção de todos os depósitos moles em áreas acessíveis dos dentes, bem como polimento com aplicação de flúor. Dependendo das melhorias no estado de higiene oral, serão dadas instruções adicionais nas visitas subsequentes. O próximo passo será o da limpeza de depósitos bacterianos e tártaro das superfícies radiculares e bolsas periodontais.(através do uso combinado de ultrassons e de instrumentos manuais, as curetas periodontais)
      • Terapia antibiótica: Em alguns casos, com ou sem avaliação microbiológica, os antibióticos são prescritos em casos de infecções activas e persistentes que não responderam às medidas de higiene oral.
      • Reavaliação: Após algumas semanas (6-8), o seu periodontologista realizará uma reavaliação para avaliar o progresso do tratamento (repetição das medições realizadas na avaliação periodontal pré-tratamento). Se as bolsas periodontais ainda se mantiverem, serão necessários tratamentos adicionais, tais como a cirurgia periodontal correctiva.
      • Manutenção periodontal: O sucesso a longo prazo da terapia periodontal depende do esforço do paciente em manter uma adequada higiene oral bem como do periodontologista que assegura uma avaliação contínua e regular. A frequência destas avaliações depende da severidade da sua doença e dos riscos individuais. Normalmente estas consultas são agendadas a cada 3 ou 6 meses.

Visitas regulares ao médico dentista são de vital importância, assegurando que não ocorre uma recidiva da doença, conduzindo a destruição periodontal. O sucesso desta terapia está intimamente ligado à cooperação do paciente quer na manutenção da higiene, quer na adesão às consultas de controlo.

 

  • Serão as suas gengivas saudáveis?
    • 1) As suas gengivas apresentam edema?
    • 2) As suas gengivas sangram quando escova os dentes? Ou quando usa um outro qualquer dispositivo de limpeza?
    • 3) As suas gengivas recuaram, dando a sensação de ter os dentes maiores?
    • 4) Apresenta algum dente com mobilidade?
    • 5) Consegue observar alguma líquido amarelado ou pús na linha da gengiva após massagem da mesma?
    • 6) Os seus dentes mudaram de posição ou criaram-se espaços entre eles que não existiam antes?
    • 7) Os seus pais ou irmãos perderam dentes por mobilidade dos mesmos?

Se respondeu afirmativamente a uma ou mais questões, deve consultar o seu Médico Dentista para uma avaliação periodontal!

Temas Relacionados: 

DOENÇAS PERI-IMPLANTARES

 

  • O que são as doenças peri-implantares?
    • São patologias dos tecidos que rodeiam os implantes (gengiva e/ou osso).
      Compreendem dois tipos de situações:

      • Mucosite –  Inflamação da gengiva que rodeia o implante, sem sinais de perda de suporte ósseo.
      • Peri-implantite –  reação inflamatória com sinais de perda de suporte ósseo de um implante.

 

  • Como se detectam?
    • Numa consulta o seu médico dentista poderá detectar esta patologia.
      Alguns dos sinais que permitem o seu diagnostico são:

      • Anormal perda óssea peri-implantar (avaliada radiograficamente);
      • Aumento da Profundidade de Sondagem (avaliada com Sonda Periodontal);
      • Presença de pus;
      • Aumento da hemorragia à sondagem.
    • Consultas regulares ao seu médico dentista são essenciais para detetar esta patologia numa fase inicial.
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  • Tenho implantes! Vou desenvolver peri-implantite?
    • Não há dois pacientes iguais. Há vários factores de risco associados ao aparecimento de peri-implantite.
      Entre estes destacam-se:

      • Má higiene oral;
      • História de periodontite;
      • Tabaco (cigarro);
      • Diabetes (mau controlo metabólico);
      • Consumo de álcool.
    • Uma má higiene oral aumenta bastante a probabilidade de desenvolver peri-implantite.
implantes
  • As doenças peri-implantares têm tratamento?
    • Por norma o tratamento destas patologias engloba uma ou duas fases:
      • Não-cirúrgica
      • Cirúrgica
    • A mucosite é uma situação reversível, tratando-se de forma não-cirúrgica.
    • A peri-implantite é uma situação mais avançada e cujo tratamento, por norma, se inicia com uma abordagem não-cirúrgica e posteriormente de forma cirúrgica.O objectivo do tratamento é controlar a infeção e, se possível, repor o osso perdido.
    • O sucesso do tratamento depende, em muito, da gravidade da perda óssea peri-implantar, da existência de fatores de risco associados ao paciente e da adesão deste aos cuidados pré e pós-cirúrgicos.
Estética

Quais as principais causas que levam à necessidade de efetuar restaurações dentárias?

A causa mais frequente para executar procedimentos restauradores é a presença de lesões de cárie primárias, seguindo-se a substituição ou reparação de restaurações pré-existentes. Outro tipo de problemas como os traumatismos, lesões de abrasão ou erosão nas zonas cervicais ou a presença de anomalias estruturais ou de forma dos dentes podem também exigir o recurso a procedimentos restauradores.

Porque é frequente o aparecimento de lesões de cárie dentária?

A cárie dentária é uma patologia multifatorial, ou seja, são necessários vários fatores para o seu aparecimento. A cárie dentária é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “um processo patológico localizado, de origem externa, que se inicia depois da erupção dentária, determinando um amolecimento dos tecidos duros do dente que evolui até à formação de uma cavidade”. Por outras palavras, a cárie é uma doença infeciosa, complexa, responsável pela destruição dos tecidos mineralizados dos dentes, através da ação de ácidos. Podem ser definidos os fatores primários essenciais à ocorrência da doença (dente, bactérias, substrato) e fatores secundários que influenciam com maior ou menor intensidade a evolução das lesões (higiene oral, exposição ao flúor, estado geral de saúde, fatores socioeconómicos, predisposição genética).

Como se deve fazer a prevenção da cárie dentária?

Utilizar medidas corretas de higiene oral. Escovar os dentes pelo menos 3 vezes por dia (o ideal é escovar sempre após a ingestão de alimentos) e usar fita dentária diariamente, de forma a remover os restos alimentares entre os dentes e a nível gengival. Usar uma pasta com adequada concentração de flúor (mínimo 1400 ppm)

Adotar uma dieta equilibrada com poucos alimentos cariogénicos. Os alimentos ricos em açúcares refinados e hidratos de carbono e o tempo que permanecem na boca sem serem eliminados são fatores decisivos para o aparecimento de lesões de cárie.

Fazer controlos clínicos regulares. De um modo geral, deve determinar-se o grau de risco individual para o desenvolvimento de lesões de cárie e determinar os cuidados a adotar (higiene oral, alimentares), estabelecendo um plano de acompanhamento profissional no que respeita à periodicidade e medidas de intervenção a ter com cada paciente.

Quais os sinais e/ou sintomas da cárie dentária?

As lesões de cárie apresentam diferentes fases evolutivas. Numa fase inicial podem não apresentar qualquer sintoma, dificultando a sua deteção precoce por parte do paciente. O seu diagnóstico precoce e correto só pode ser feito por um profissional recorrendo a meios clínicos e auxiliares de diagnóstico. Contudo, existem determinados sinais e sintomas que devem alertar o paciente para a presença eventual de cárie, tais como: alteração de cor do dente (esbranquiçada ou acastanhada); presença de uma superfície rugosa ou fraturada; presença de uma cavidade; sensibilidade ao doce ao frio ou ao quente; mau sabor ou cheiro em zonas localizadas (normalmente no espaço entre os dentes, após passar a fita dentária).

Quais são os melhores materiais e técnicas para as restaurações dentárias?

O tratamento precoce das lesões de cárie melhora o prognóstico da restauração e do dente ao longo da vida. Atualmente, a utilização combinada de sistemas adesivos e resinas compostas são a opção mais comummente utilizada para a execução de restaurações definitivas diretas. Contudo, ainda é possível a utilização do amálgama de prata (liga metálica escura) ou, em casos de maior destruição dentária, o uso de técnicas indiretas com restaurações em resina composta ou cerâmica.

Devo substituir as restaurações em amálgama (escuras) por restaurações estéticas?

A substituição de uma restauração em amálgama deve ser efetuada no caso de apresentar algum problema importante, nomeadamente na presença de recidiva de cárie, fratura, infiltração marginal ou fratura do próprio dente. Caso a restauração esteja adequada, apenas a exigência estética do paciente poderá ser fulcral para a sua substituição.

Quando se faz a substituição das restaurações dentárias, é necessário um desgaste maior do dente?

Na maioria das vezes a substituição de uma restauração leva sempre a algum grau de perda adicional de estrutura dentária. Esta perda pode ser limitada se forem implementados métodos de remoção conservadores. Contudo, em casos de recidiva de cárie, os tecidos afetados “de novo” devem ser adequadamente removidos. Se a substituição exigir uma restauração indireta pode ser necessário um desgaste adicional de dente são para possibilitar a execução do trabalho.

Quanto tempo podem durar as restaurações dentárias estéticas?

A durabilidade de uma restauração dentária não é exata, pois depende de muitos fatores como a técnica e materiais utilizados, o tipo e estado do dente restaurado, as dimensões da cavidade. Para além disso também algumas características relacionadas com o paciente, onde se incluem os hábitos alimentares, de higiene oral ou a presença de parafunções podem também exercer uma importância relevante. Por outro lado, a própria função oral e mastigatória leva a uma degradação progressiva dos materiais restauradores, condicionando a sua durabilidade. Não obstante, uma restauração apresenta em média uma longevidade superior a 5 anos.

Branqueamento

Como funciona o branqueamento?
O gel branqueador desencadeia uma reação química de oxidação na superfície dentária que inicia o processo de branqueamento. Esta reação está relacionada com a desagregação de macromoléculas (pigmentos) em moléculas menores, capazes de refletir maior quantidade de luz, resultando em uma estrutura mais luminosa, ou seja, mais clara.

 

Qualquer pessoa pode fazer branqueamento?

A maioria das pessoas pode fazer branqueamento. No entanto existe contraindicação para a sua execução para os seguintes pacientes:
Mulheres grávidas ou lactentes;
Menores de 18 anos;
Pacientes com alterações sistémicas graves;
Pacientes com sensibilidade dentária muito acentuada;
Pacientes com lesões de cárie não tratadas;
Pacientes com doença periodontal não controlada.

 

O branqueamento pode desencadear dor/sensibilidade?

Na maioria dos casos não. Algumas pessoas podem exibir um aumento transitório da sensibilidade dentária normalmente em grau leve secundária a alguns estímulos (calor, frio e/ou ar). Contudo, este problema pode ser contornado através do uso de dessensibilizantes aplicados na goteira ou presentes no próprio produto de branqueamento. Não são esperadas quaisquer sequelas permanentes.

 

O branqueamento pode ser prejudicial para o esmalte?
Não existem alterações estruturais permanentes no esmalte ou outra estrutura dentária.

 

Quanto tempo dura o branqueamento?
Não existe um tempo determinado, mas estima-se que pode manter-se até 2 anos. O aparecimento de novas manchas pode acontecer, especialmente se o paciente consumir de forma frequente alimentos, bebidas, medicações ou quaisquer substâncias que provoquem pigmentação nos dentes. Em caso de necessidade, pode prescrever-se um programa de manutenção que garanta resultados mais duradouros.

 

Posso fazer branqueamento se já tiver alguma restauração nos dentes?
O branqueamento tem um efeito limitado sobre os materiais restauradores, mas pode reduzir temporariamente as forças de adesão à estrutura dentária. Também se deve ressalvar que se deverá notar significativamente a alteração de cor entre o dente e uma restauração antiga, obrigando regularmente à sua substituição.

 

O gel branqueador é seguro?
As substâncias químicas incorporadas no gel e resultantes da sua reação devem ser usados cautelosamente e não ser ingeridos. Todas as instruções fornecidas pelo profissional devem ser cumpridas e não se deve fazer uma utilização abusiva destes produtos.

 

Qual o tempo estimado para a execução do branqueamento?
O branqueamento externo em ambulatório pode estender-se entre duas a três semanas. O tempo varia de paciente para paciente, dependendo do tipo / natureza da mancha, da técnica utilizada e da colaboração do paciente com o tratamento.

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Ortodontia

Qual é a origem dos problemas ortodônticos?
A má oclusão pode ter origem hereditária, nomeadamente no tamanho dos ossos maxilares e dos dentes com repercussões na presença de apinhamentos, de espaços entre os dentes ou mesmo na falta de alguns. No entanto, alguns problemas são devidos a causas adquiridas (ambientais), geradas pela sucção da chupeta ou dedos, por problemas respiratórios, pela perda precoce de dentes, por traumatismos, entre outros.

 

Qual é a idade ideal para efetuar uma primeira consulta de Ortodontia?
Sem prejuízo pelo acompanhamento anterior adequado nas consultas de Odontopediatria, as crianças devem ser observadas por um ortodontista ou por um odontopediatra aos 5 anos de idade. Apesar da dentição de leite poder parecer normal aos olhos dos pais, existem certos problemas que só são detetados e antecipados pelos profissionais. Em alguns casos pode ser necessário intervir precocemente com tratamentos intercetivos de forma a condicionar devidamente a erupção dos dentes definitivos e o crescimento dos maxilares.

 

Quais são os benefícios do tratamento ortodôntico preventivo/intercetivo?
A ortodontia preventiva e intercetiva ocupa um lugar fulcral na eliminação ou redução da severidade de diversos tipos de má oclusão, sendo a dentição mista o grande foco de atuação. Nesta fase que compreende uma franja etária de crianças entre os 5/6 e os 11 anos, o ortodontista tem ao seu alcance a capacidade de alterar e modelar o crescimento dos maxilares e/ou a erupção dos dentes definitivos, através da colocação de diversos tipos de aparelhos, de forma a promover a maior normalização possível do desenvolvimento facial e oclusal.

 

Os pacientes adultos podem efetuar tratamento ortodôntico?
Não existe idade limite para o tratamento ortodôntico. O processo básico que envolve a movimentação dos dentes é o mesmo em qualquer idade pelo que, os adultos também podem beneficiar com o tratamento ortodôntico com vista a melhorar as funções, a estética oral/facial e até como forma de complemento de tratamentos de outras áreas, como a implantologia, reabilitação oral, periodontologia e oclusão. No entanto, o plano de tratamento deve ser adequado às condições, disponibilidade e expectativas do paciente com ponderação dos riscos/benefícios a ele associados.

 

Quais os tipos de problemas que surgem com maior frequência para tratamento ortodôntico?
Apinhamentos: quando há falta de espaço para os dentes ficarem devidamente alinhados nas arcadas maxilares.
Diastemas: quando há espaços entre os dentes.
Mordida profunda: quando os dentes superiores cobrem os inferiores excessivamente, dificultando ou impedindo sua visualização.
Mordida aberta: quando existe um espaço excessivo entre os dentes superiores e inferiores na zona anterior, estando os dentes posteriores em oclusão.
Mordida cruzada: quando um ou mais dentes da arcada superior não recobre externa e parcialmente os dentes da arcada inferior, ou seja, posicionam-se “por dentro” dos inferiores. Pode estar localizada tanto na região anterior quanto posterior.
Trespasse horizontal aumentado: quando os dentes superiores anteriores estão muito avançados em relação aos inferiores.
Trespasse horizontal negativo: quando os dentes inferiores anteriores estão avançados em relação aos superiores.

 

Pode ser necessário extrair dentes permanentes no decurso de um tratamento ortodôntico?
Em algumas situações é necessário proceder a extrações de dentes definitivos (usualmente pré-molares) para obter uma oclusão estável e uma harmonia facial. Geralmente são solicitadas as extrações quando existe falta de espaço para um correto alinhamento e nivelamento dos dentes ou quando os dentes anteriores estão muito projetados (inclinados) para frente.

 

Quanto tempo pode durar um tratamento ortodôntico?
O tempo de tratamento é dependente da fase de atuação. No entanto, um tratamento ortodôntico fixo envolve um período médio de 24 meses. Em alguns casos poderá terminar antes e em outros poderá demorar mais tempo do que o previsto inicialmente para a finalização. O tempo total de tratamento depende da severidade da má oclusão original, do tipo de tratamento envolvido e da cooperação do paciente.

 

O que é um tratamento ortodôntico-cirúrgico?
É um tratamento que combina a ortodontia com a cirurgia ortognática e permite corrigir casos severos de má oclusão e de anormalidades entre os maxilares.

 

O tratamento ortodôntico provoca dor?
No início do tratamento é normal sentir algum desconforto, mas quase sempre suportável. Esta sensação dolorosa desaparece normalmente ao fim de 3 dias. Também o processo de adaptação da língua, lábios e “bochechas” ao aparelho pode ocasionar algumas feridas transacionais e de curta duração. O desconforto pode reaparecer após as consultas de ativação dos aparelhos devido ao movimento dos dentes. No entanto, não é suficientemente severo para interferir com as atividades do dia-a-dia como a escola, o trabalho ou o desporto.

 

Porque é importante efetuar um tratamento ortodôntico?
O tratamento ortodôntico permite obter uma melhoria da função e da estética oral/facial para além de facilitar ou melhorar as condições para a realização de reabilitações orais multidisciplinares envolvendo outras áreas da Medicina Dentária. A normalização da oclusão funcional e o correto alinhamento dentário contribui para uma melhoria da mastigação, promove uma higiene oral mais adequada, reduzindo o aparecimento de lesões de cárie ou de problemas periodontais. Adicionalmente a conquista de um sorriso atrativo assume um papel importante no plano socio-profissional atual e estimula a auto-confiança.

Problemas Frequentes e Casos Clínicos

A análise dento-esquelética é efectuada inicialmente através de uma história clínica cuidada pela recolha de dados estáticos e dinâmicos da relação oclusal dentária e da sua relação com os ossos maxilares e com as estruturas faciais. Estes elementos em conjunção com a análise cefalométrica, análise facial e dos modelos de estudo constituem as bases essenciais para estabelecer um correto diagnóstico e assim constituir uma lista de problemas por forma a traçar os objectivos para um plano de tratamento individualizado para cada paciente.

Problemas Sagitais
Problemas verticais
Problemas transversais
Problemas de espaço
Problemas periodontais
Dentes inclusos
Casos ortodôntico-cirúrgicos
Hábitos

Temas Relacionados:

Endodontia

Quando é necessária a realização de um tratamento endodôntico? – Dor dentária de origem pulpar

Esta surge quando há patologia pulpar.

O maior responsável, normalmente, é a cárie dentária, mas pode haver outras origens como traumatismos dentários, tratamentos restauradores repetidos, entre outros.

Quando a agressão por cárie dentária começa a atingir zonas mais profundas do dente, a polpa dentária fica inflamada e surgem normalmente dores ao frio. Se esta agressão continuar, sem que o dente seja tratado, o estado inflamatório torna-se de tal maneira avançado, que a polpa dentária perde a capacidade de defesa e recuperação. Este estado irreversível, normalmente é acompanhado por dores intensas e prolongadas ao frio, ao quente, ou mesmo espontâneas que podem surgir durante a noite. Neste caso, torna-se necessária a remoção completa da polpa dentária.

 

Quando surge um abcesso?

Quando a infeção se expande para a zona ósseas que envolve o dente, pode ou não haver dor espontânea nestes casos. 


 


Após a endodontia, quanto tempo devo esperar até restaurar o dente?

Após o tratamento endodôntico os canais radiculares encontram-se definitivamente selados. No entanto é necessário que o dente seja reabilitado o quanto antes ou no prazo máximo de um mês. A reabilitação pode ser com uma restauração convencional ou com uma coroa fixa. Só assim o dente fica com proteção total, tanto ao nível dos canais radiculares, como em termos de resistência da coroa dentária. A maioria dos dentes posteriores necessitará de uma reabilitação com coroa fixa.

Se não restaurar o dente com um material mais definitivo a provisória pode deteriorar-se ou sair, expondo o tratamento endodôntico a uma nova infeção. Além disso, também pode ocorrer uma fratura dentária, dependendo da gravidade desta, o dente pode não ser restaurável tendo de ser extraído.

 


Qual a durabilidade do tratamento?

O objetivo de um dente tratado e bem reabilitado é durar a vida toda, mas tal como os outros dentes este é sujeito a novas cáries ou outras agressões dentárias. Por isso, é recomendado consultas periódicas de controlo.


Extrair o dente e colocar uma prótese ou fazer o tratamento endodôntico?

Discuta com o seu médico-dentista todas as vantagens e desvantagens em tratar o dente ou extraí-lo.

Financeiramente a extração pode ser mais atrativa do que fazer o tratamento, mas na realidade não é a opção mais fácil nem a menos dispendiosa. Substituir um dente por uma prótese fixa ou removível é mais complexo, dispendioso e menos natural.


É um tratamento muito doloroso?

Na maioria das pessoas o tratamento endodôntico é um procedimento comparável a uma restauração pelo que não é mais desconfortável. Este tratamento é realizado com anestesia. Em alguns casos pode ser difícil atingir um nível profundo de anestesia, mas é sempre possível.


Em que consiste uma cirurgia endodôntica?

Trata-se de uma intervenção cirúrgica para remoção de todos os tecidos inflamados e infetados da extremidade da raiz, sendo finalizado com a colocação de um material selador na parte terminal do canal radicular.

Este tipo de procedimento deve ser realizado com o auxílio de ampliação por forma a aumentar a precisão dos passos, contribuindo de forma decisiva para o sucesso desta técnica.

Na Orisclinic, temos ao nosso dispor esta tecnologia não só para estes casos, mas sempre que é indicado.


Isolamento Absoluto

Com esta técnica é possível controlar os fluidos do sulco gengival, saliva, sangramento gengival. Além disso consegue-se proteger o paciente, médico dentista e assistente dentária de contaminação cruzada.

Impede a deglutição ou aspiração de pequenos instrumentos por parte do paciente.

Com esta técnica é possível manter o campo operatório limpo, seco e a visão do clinico é melhor.

 

Roncopatia e Apneia do Sono

Consequências da Apneia do Sono?

Estas paragens respiratórias ou apneias diminuem os níveis de oxigénio e aumentam os de dióxido de carbono no sangue, dado que não existe passagem de ar para os pulmões. Esta situação alerta o centro respiratório, localizado no cérebro, para retomar a respiração, provocando um despertar.
Estes micro-despertares frequentes, embora necessários para retomar a respiração normal, levam a que o indivíduo não tenha um sono profundo e reparador, o que condiciona uma sonolência excessiva durante o dia (hiperssonolência diurna – HSD ).
A HSD é uma causa frequente de acidentes de viação e de trabalho, provocando, também, alterações de memória e de relacionamento familiar e social.
O tratamento eficaz de SAOS reduz significativamente estes riscos.

 

Complicações e co-morbilidades:
• Hipertensão arterial
• Arritmias cardíacas
• Doença coronária
• Acidente vascular cerebral
• Diabetes
• Hipersonolência diurna
• Fadiga
• Síndromes depressivos
• Obesidade
• Dores de cabeça matinais
• Irritabilidade
• Perturbações na vida sexual
• Quebra de concentração

 

Quais são os fatores de risco?

  • Excesso de peso e obesidade
  • Perímetro cervical (circunferência do pescoço) > 42 cm
  • Via aérea superior anatomicamente mais estreita
  • Indivíduos do sexo masculino apresentam maior propensão para a SAOS. Nas mulheres o risco aumenta com o excesso de peso e no período pós-menopausa
  • Indivíduos ≥ 60 anos têm maior risco. Na população mais jovem, este risco aumenta em indivíduos de raça negra
  • História familiar de SAOS
  • Hipotiroidismo
  • Tabagismo, dado que contribui para o estreitamento das VAS

 

Quais são os sinais e sintomas?

À noite
Ronco, por vezes com alta sonoridade, sendo audível nos quartos adjacentes
Apneias presenciadas, na maior parte das vezes, pelo parceiro/a
Asfixia noturna, muitas vezes associada a um despertar
Urinar com frequência durante a noite (mais de duas vezes, por noite)
Transpiração excessiva durante o sono

Durante o dia
Hiperssonolência diurna
Fadiga
Secura da boca matinal
Dificuldades de concentração
Alterações de humor e irritabilidade

 

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de SAOS é feito por um médico especializado no tratamento de doenças do sono. Um estudo do sono completo (polissonografia) ou mais simples (poligrafia cardio-respiratória), determinará a presença (ou não) de SAOS. Os estudos do sono registam e avaliam uma variedade de funções do nosso organismo e parâmetros fisiológicos durante o sono, tais como: o fluxo de ar que entra e sai do nariz e da boca durante o sono, os níveis de oxigénio no sangue, a frequência cardíaca, a frequência e o esforço respiratório, a atividade elétrica do cérebro, os movimentos dos olhos, etc. O número de paragens respiratórias que ocorrem durante a noite determina a gravidade da doença. Quando o estudo apresenta mais de trinta paragens por hora é considerado como um nível grave de SAOS.

 

Sabia que…?

  • a roncopatia pode afetar quase qualquer pessoa
  • estima-se que a roncopatia crónica afeta aprox. 24% dos adultos do sexo feminino e 40% do sexo masculino
  • estima-se que afeta também entre 10 a 12% das crianças
  • a probabilidade de vir a sofrer de roncopatia aumenta com a idade
  • álcool, drogas, tabaco, sedativos e miorelaxantes contribuem para a incidência da roncopatia
  • a obesidade é um fator concomitante da roncopatia
  • ressonar é um fenómeno que pode ser transversal numa família

Mais informações:

Apneia do Sono

Roncopatia