Avulsão Dentária – Como devo proceder?

 

 

Avulsão Dentária – Como devo proceder?

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Os traumatismos dentários são predominantes em crianças e jovens em idade escolar. Podem ocorrer como consequência de uma queda, acidente, prática de desporto ou decorrente de uma agressão física. A perda ou fratura de dentes, em especial os dentes da frente, podem provocar, no paciente, um grande impacto psico-emocional, desencadeando angústia e medo, constituindo uma ameaça à estética facial.

De entre as lesões que podem envolver os dentes, a avulsão dentária aparece com uma prevalência que varia entre os 0.5 a 16% dos casos de traumatismo oral. Esta última caracteriza-se pelo total deslocamento do dente para fora do seu alvéolo, ou seja, o dente sai por completo da boca, mantendo íntegros todos os seus tecidos de suporte.

A maior incidência das avulsões está associada aos incisivos centrais superiores, em crianças entre os 7 e os 12 anos de idade, como resultado tanto das atividades características da infância e da adolescência, como da fase de desenvolvimento dos tecidos dentários e de suporte que também favorecem tal acontecimento. Segundo a literatura, os rapazes tendem a sofrer traumatismos orais aproximadamente duas vezes mais do que as raparigas. 

No caso de ocorrer um acidente desta natureza – avulsão dentária – devem ser tomadas algumas providências. O tempo é um fator crucial na recuperação e manutenção do dente. Estudos recentes demonstram que o tratamento nos primeiros 30 minutos após o trauma é o que representa melhores resultados. 

Quando o dente não é reposicionado e reimplantado no momento da avulsão, o paciente deve ser orientado de modo a armazenar a peça dentária num meio apropriado e seguir imediatamente para o consultório dentário, a fim de tentar a reimplantação do dente. 

A forma de armazenamento do dente é importante, já que a mesma pode minimizar a resposta inflamatória após o reimplante, evitando a desidratação do dente avulsionado e mantendo por mais tempo a viabilidade das células do ligamento periodontal, favorecendo as hipóteses de tratamento e o seu prognóstico. O meio de armazenamento ideal deve ter aproximadamente um pH de 7,0. Os meios de armazenamento que mantêm por mais tempo a viabilidade das células do ligamento periodontal (tecido vivo em torno do dente) são a solução salina (soro fisiológico) e o leite. 

Por vezes, a saliva e/ou água da torneira podem ser os únicos meios disponíveis para armazenar o dente no local do trauma. Contudo, a saliva, por ser um meio contaminado e ligeiramente hipotónico, não é considerado o meio mais recomendado, pois pode favorecer a infiltração bacteriana pelas prováveis microfissuras existentes na superfície dentária, permitindo a contaminação bacteriana pulpar e a reabsorção radicular externa inflamatória. A água deve ser a última alternativa de meio de armazenamento, uma vez que, embora proteja o dente da desidratação, é considerada como meio hipotónico, o que provoca a morte das células do ligamento periodontal. Deste modo, o dente não deve permanecer mais do que 30 minutos nestes meios.

Na chegada ao consultório dentário, o médico dentista irá avaliar o paciente e o dente avulsionado, tendo em conta o tempo desde que ocorreu o trauma, o local onde ocorreu e a forma de armazenamento, bem como o grau de desenvolvimento dentário, entre outros aspectos, para poder, então, estabelecer o prognóstico e delinear o plano de tratamento  mais adequado.

A tentativa de reimplantar os dentes avulsionados consiste num tratamento conservador e de baixo custo, sendo uma alternativa quando ocorre em dentes permanentes.


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